Conheça a Bíblia

A Paz do Senhor


Prezados irmãos em Cristo, nesse espaço “Conheça a Bíblia” nós iremos fazer uma série de estudos bíblicos, que são de muita importância, para nossa compreensão do Livro Sagrado. Assim, daremos continuidade com a origem da escrita no mundo bíblico. Isto, faremos através de sete estudos que são progressivos, os quais são:



1.      A escrita nos primórdios da história.

2.      Os livros pré-abraâmicos.

3.      Livros e bibliotecas da primitiva babilônia.

4.      Escritos no tempo de Abraão.

5.      A escrita no Egito.

6.      A escrita na palestina e regiões vizinhas.

7.      A autoria do Pentateuco.

- Todos esses estudos são baseados no “manual bíblico H.H. Halley”, da Edições Vida Nova, o qual é um dos melhores que já vi nesta área. Por isso, se os irmãos poderem adquiri-lo, é uma ótima fonte de estudos.


Sétimo  Estudo

A  Autoria Do  Pentateuco




A opinião tradicional é a de que Moisés escreveu o Pentateuco substancialmente como o possuímos, exceto poucos versos do final, onde se relata a sua morte, e interpolações ocasionais feitas pelos copistas, para efeito de elucidação, e que é fiel á verdade histórica.

A opinião crítica moderna é a opinião de que se trata de uma obra heterogênea, produto de várias escolas de sacerdotes, feita desde o 8º século a.C. ,com objetivos sectaristas, baseada em tradições orais , sendo os principais documentos chamados “J”, “E” e “P”.  Embora os críticos , entre si, divirjam largamente quanto as secções que devam ser atribuídas a cada um desses documentos , apresentam a teoria capciosamente como sendo “o resultado certo” a que chegaram “eruditos modernos”.  Segundo esse parecer , não se trata de história verdadeira, porém de uma “ colcha de retalhos, coletados de um saco de farrapos de lendas esparsas”.

Que diz a arqueologia?  A arqueologia , ultimamente vem falando tão alto que vem causando uma reação decidida em prol do ponto de vista conservador. A teoria de que a escrita era desconhecida nos dias de Moisés já foi pelos ares , de modo completo. E cada ano, no Egito , Palestina e Mesopotâmia, estão se escavando evidências, tanto em inscrições como em camadas de terra, de que as narrativas do Antigo Testamento tratam de verdadeiros fatos históricos. E os “eruditos” , decididamente estão tomando atitude de maior respeito para com a tradição referente à autoria de Moisés.

O Mínimo que se Comprova: Moisés poderia ter escrito o Pentateuco.  Instruiu-se no palácio de Faraó; “ foi educado em toda a ciência dos egípcios”, a qual incluía a profissão das letras. Provavelmente ele conhecia mais acerca da história universal anterior do que qualquer pessoa hoje. Foi líder e organizador de um movimento que ele cria ser de imensa importância para todas as gerações futuras . Seria ele tão Estúpido para confiar os anais e princípios do seu movimento unicamente à TRANSMISSÃO ORAL?  Moisés de fato fez uso da escrita ( Êx. 17.14 ,24.4, 34.27, Nm. 17.2, 33.2, Dt. 6.9, 24.1-3, 27.3-4, 31.19,24. ).  Quanto ao Gênesis, parece que ele usou registros que vieram de gerações anteriores. Quanto à Êxodo, Levítico,Números e Deuteronômio, todos esses se relacionavam com a própria vida dele e, sem dúvida, foram escritos sob a sua direção pessoal. Os fenômenos da estratificação no relato se explicam abundantemente pelo emprego de documentos anteriores de tal antiguidade e santidade, que Moisés não se permitia qualquer alteração ou qualquer integração danificadora.

Em Que Língua foi escrito o Pentateuco? Possivelmente no hebraico antigo, de uso entre os israelitas dos dias de Moisés, em rolos de pele , ou de papiro. Ou ainda, possivelmente, na língua cuneiforme da Palestina e Síria ( também conhecida no Egito ), em placas de barro; e depois traduzida para o hebraico: “ seu estilo fragmentário e cheio de repetições , em partes, é exatamente o que se podia esperar de livros traduzidos de placas, cada uma das quais era um livro em si mesmas”.  Que fim levaram os exemplares originais?  Se escritos em peles ou papiro, gastaram-se com o uso e foram substituídos por novas cópias.  Se escritos em placas de barro , possivelmente foram destruídos por algum dos reis idólatras de Israel.

Daqui por diante, as notas sobre descobertas arqueológicas irão aparecer em conexão com os capítulos da Bíblia aos quais se referem. Há mais de cem descobertas arqueológicas mencionadas neste Manual ( Manual Bíblico H.H. Halley  -  edições vida nova -  1978 – 768 páginas ) , muitas dessas descobertas arqueológicas , feitas em anos recentes pelos que estiveram cavando nas ruínas das cidades bíblicas, são registros mais claros do que se tivessem sido escritos num livro. Tais registros coincidem exatamente com as narrativas bíblicas. Pedaço por pedaço, o Antigo Testamento está sendo confirmado, suplementado e ilustrado.  Até aquilo que parecia ser mitológico vem se mostrando ter sido fato real.  Narrativas suscetíveis de pesquisas vêm-se provando verdadeiras. Isso não realça a fidedignidade da Bíblia no seu todo?  E não torna mais fácil confiar em TUDO o que ela diz? Sim, até em suas maravilhosas promessas, no que respeita a esta vida como à futura. A declaração individual a mais importante da Bíblia é que CRISTO RESSURGIU DOS MORTOS.  Foi para dizer isso que a Bíblia foi escrita, sem o que ela nada significaria.  Esse fato é que da sentido à vida ; sem ele a vida não teria significação.  Nisso está a base da nossa esperança na ressurreição e na vida eterna. Não é confortador saber que o Livro , construído em torno desse acontecimento, está provando ser consistente com os fatos históricos que apresenta?  Assim é que “duplamente segura é a certeza”de que esse EVENTO O MAIS IMPORTANTE dos séculos é um FATO REAL.



Sexto  Estudo

A Escrita

Na Palestina e Regiões Vizinhas




Quantidades enormes de inscrições cuneiformes da antiga Babilônia e inscrições hieroglíficas do antigo Egito têm sido descobertas,porém, poucas , comparativamente, da antiga Palestina. Tem sido uma das bases para a teoria crítica moderna de que muitos dos livros do Antigo Testamento foram escritos muito depois dos acontecimentos neles referidos , e, assim encerram em si apenas tradição oral. Pode ter havido muitas razões pelas quais os reis hebreus não erigiam grande número de monumentos com inscrições que perpetuassem sua glória, como os outros fizeram . Contudo, nos últimos tempos , apareceram muitas evidências de que os hebreus eram um povo que sabiam escrever.

Siquém. Aqui, Sellin achou placas cuneiformes cananéias do período pré-israelita, documentos particulares, indicativos de que o comum do povo conhecia e usava a escrita.

O Mais Primitivo Escrito Alfabético. Num templo semita, em Serabite, próximo as minas de turquesas ,do Sinai, Flinders Petrie, em 1905, achou juntamente com inscrições hieroglíficas egípcias, uma inscrição em linguagem alfabética, o mais primitivo escrito alfabético que se conhece, feito aproximadamente em 1500 a.C.  Isto aconteceu na região onde Moisés passou 40 anos , e essa inscrição foi feita uns poucos anos antes de Moisés.

Gezer. Aqui Garstang (1929) achou uma asa de jarro do período 2000-1600 a.C., com inscrição em letras da escrita sinaítica , indicando assim que a escrita em alfabeto sinaítico , já nesse tempo , se usava na Palestina.

Bete-Semes. O Prof. Elihu Grant, da Expedição Arqueológica do Haverford College ( 1930 ), encontrou aí um fragmento de jarro de barro , de cerca de 1800 a.C., usado como memorando, com cinco linhas no sistema alfabético semítico, à tinta , similar à escrita sinaítica.

Laquis. Aí, em 1934, J. L. Starkey, da Expedição Arqueológica Wellcome, achou um jarro para água com inscrição , datando de cerca de 1500 a.C. no mesmo sistema alfabético sinaítico.  Laquis foi uma das cidades que Josué destruiu ao tempo em que “o sol se deteve” ; e aí está um livro , escrito em cerâmica, desta cidade antes de ser destruída por Josué.

Ras Shamra ( Ugarite ). Ao norte de Sidom, perto de Antioquia, cidade fenícia , porto de mar ligando o Eufrates ao Mediterrâneo, onde civilizações se encontravam e se misturavam. Uma Expedição francesa, em 1929, encontrou aí uma biblioteca de templo , escola de escribas, espécie de seminário teológico , com quantidades enormes de placas, dicionários e obras de consulta em 8 línguas: babilônico, hebraico, egípcio, hitita sumeriano antigo, algumas línguas desconhecidas, a escrita sinaítica e um alfabeto de 27 letras muito mais antigo do que outro qualquer que se conheça ; muitos datando do meado do segundo milênio a.C.

Boghaz keui, na Ásia Menor , primitivo centro hitita , achou-se aí uma  biblioteca em cuneiforme e outras placas, classificadas e dispostas em compartimentos de arquivo; em sumeriano, acadiano, hitita, midianita e outras línguas , com algumas placas bilíngues em cuneiforme e hitita.

Assim Sendo, é certo que a escrita era de uso comum na Palestina, Sinai, Síria e Fenícia durante séculos antes de Moisés. O Dr. W. F. Albright, principal autoridade em arqueologia palestinense, diz: “ Só uma pessoa muito ignorante pode propor hoje a idéia de que a escrita ( em muitas formas ) não era conhecida na Palestina e regiões imediatamente circunvizinhas durante todo o segundo milênio a. C.”  ( Boletim nº 60 das Escolas Americanas de Pesquisas Orientais, dez. 1935 ).

Em face disto, não há razão para que os eventos dos primeiros livros da Bíblia deixassem de ser registrados por seus contemporâneos.

Por que, então se perderam esses registros , enquanto vastas quantidades de registros egípcios e babilônicos foram preservados? Por causa da natureza deteriorável do material usado na escrita: papiro e pele. No Egito também, os registros escritos em papiro e pele , com poucas exceções se deterioraram. O Pentateuco , mesmo se tivesse sido escrito originalmente em placas cuneiformes , como alguns tem sugerido, logo foi transliterado para o hebraico e copiado em peles.  Os dez mandamentos, núcleo da Lei, foram gravados em pedras, mas o resto foi escrito em “livros”, Ex. 17.14. Assim, logo cedo os hebreus tomaram o hábito de empregar peles e papiro, que tinham de ser copiados de novo, quando as cópias mais velhas se estragavam pelo uso.




Quinto estudo





A Escrita No Egito


Napoleão, em sua expedição ao Egito ( 1798 ), levou consigo uma centena de sábios. Estes trouxeram de volta relatórios que despertaram o interesse dos homens de ciência.  J. G. Wilkinson, inglês, foi a Tebas, morou ali , e copiou inscrições dos grandes monumentos ( 1821-1833 ). É chamado ``Pai da Arqueologia Egípcia´´ , e algumas de suas obras ainda são um padrão de autoridade no assunto. Lepsius, alemão, produziu ( 1842 ) a primeira grande obra científica sobre arqueologia egípcia. Desde então a iniciativa tem alcançado proporções enormes.




A Pedra De Roseta


É chave da língua egípcia antiga. A língua do antigo Egito era hieroglífica, escrita de figuras , um símbolo para cada palavra. Pelo ano 700 a.C. uma forma mais simples da escrita entrou em uso, chamada ´´Demótica´´ mais aproximada do sistema alfabético, e que continuou como língua do povo até aos tempos dos romanos. No quinto século depois de Cristo ambas caíram em desuso e foram esquecidas. De sorte que tais inscrições se tornaram ininteligíveis, até que se achou a chave de sua tradução. Essa chave foi a Pedra de Roseta. Achou-a M. Boussard, um dos sábios franceses que acompanharam Napoleão ao Egito ( 1799 ) numa cidade sobre a foz mais ocidental do Nilo, chamada Roseta. Encontra-se hoje no Museu Britânico . É de granito negro, cerca de 1,30 m de altura, 80 cm de largura, 30 cm de espessura com três inscrições, uma acima da outra, em grego, egípcio demótico e egípcio hieroglífico. O grego era conhecido . Tratava-se de um decreto de Ptolomeu V. Epífanes, feito em 196 a.C. nas três línguas usadas então em todo país, para ser colocado em várias cidades. Um sábio francês, de nome Champollion, depois de quatro anos ( 1818-1822 ) de trabalho meticuloso e paciente, comparando os valores conhecidos das letras gregas com os caracteres egípcios desconhecidos, conseguiu deslindar os mistérios da língua egípcia antiga.




A Atividade Literária Do Antigo Egito


Durante mil anos antes dos dias de Moisés, a profissão das letras já era importante não só em Babilônia como também no Egito. Tudo o que era de valor, era registrado. No Egito escrevia-se em pedra, pele e papiro. Usava-se pele ao tempo da 4ª dinastia. As proezas de Tutmés III  ( 1500 a.C. ), na Palestina, foram registradas em rolo de velo muito delicado. Já na época de 3000 a.C. empregava-se o papiro. Mas os registros em pedra eram os mais duráveis; cada Faraó tinha os anais do seu reinado insculpidos nas paredes do seu palácio e em monumentos. Havia amplas bibliotecas de documentos do governo; e fartura de monumentos recobertos de inscrições requintadas .




As Placas De Tel-el-Amarna


Em 1888 acharam-se nas ruínas de Amarna, a meio caminho de Mênfis a Tebas, umas quatrocentas placas de barro, que tinham sido parte dos arquivos reais de Amenotepe III e Amenotepe IV, os quais reinaram em1400 a.C. mais ou menos. A maior parte dessas placas acham-se hoje nos Museus de Londres e do Cairo. Medem de 5 a 8 cm de largura por 8 a 23 cm de comprimento, contendo inscrições de ambos os lados. Contêm correspondência oficial de vários reis da Palestina e da Síria, escrita no sistema cuneiforme babilônico , para esses dois Faraós do Egito. Quanto ao volume de matéria poderiam, combinadas, formar um livro mais ou menos como Gênesis e Êxodo juntos. Tal como a placa de pedra de Hamurabi, constituem uma das mais importantes descobertas arqueológicas dos últimos tempos.
     
             

     
Quarto Estudo





Escritos Do Tempo De Abraão


Foi em Obeide , uns 7 km a oeste de UR que Wooley achou o documento histórico mais antigo. E assim fica-se sabendo que a comunidade de Abraão fora um centro de cultura literária durante gerações, antes que o patriarca nascesse.


O Código De Hamurabi


Foi esta uma das mais importantes descobertas arqueológicas que já se fizeram. Hamurabi, rei da Babilônia, cuja data parece ser de 1792-1750 a.C., é comumente identificado pelos assiriólogos com o ``Anrafel´´ de Gên.14 , um dos reis que Abraão perseguiu para libertar Ló .Foi um dos maiores e mais célebres dos primitivos reis babilônicos. Fêz seus escribas coligir e codificar as leis do seu reino; e fez que estas se gravassem em pedras para serem erigidas nas principais cidades . Uma dessas pedras originalmente colocada na Babilônia , foi achada em 1902,nas ruínas de Susa ( levada para lá por um rei elamita, que saqueara a cidade de Babilônia no século 12 a.C.) por uma expedição francesa dirigida por M. J. Morgan, acha-se Hoje no museu do Louvre, em Paris. Trata-se de um bloco lindamente polido de duro e negro diorito, de 2m e 60 cm de altura, 60 cm de largura ,meio metro de espessura, um tanto oval na forma , belamente talhado nas quatro faces, com gravações cuneiformes da lígua semito-babilônica( a mesma que Abraão falava) . Consta de umas 4000 linhas , equivalendo, quanto a matéria , ao volume médio de um livro da Bíblia ; é a placa cuneiforme mais extensa que já se descobriu. Representa o rei Hamurabi recebendo as leis das mãos do rei-sol Chamás ,leis sobre o culto dos deuses nos templos, a administração da justiça, impostos, salários,juros  empréstimos de dinheiro, disputas sobre propriedades, casamento, sociedade comercial, trabalho em obras públicas , isenção de impostos, construção de canais ,a manutenção dos mesmos , regulamentos de passageiros e serviços de transporte pelos canais e em caravanas , comércio internacional e muitos outros assuntos. Temos aí um livro , escrito em pedra, não uma cópia, mas um autógrafo original, feito nos dias de Abraão, ainda existente hoje para testemunhar não só a favor de um sistema bem desenvolvido de jurisprudência, senão, também ,do fato que já nos dias de Abraão a capacidade literária do homem havia atingido um grau notável de adiantamento.


Bibliotecas Do Tempo De Abraão


Em Ur, cidade natal de Abraão , em Lagás, Nipur, Sipar, aliás em cada cidade importante do país Babilônia,havia, em conexão com escolas e templos, bibliotecas com milhares de livros; Dicionários, gramáticas, obras de consultas, enciclopédias, anais oficiais, compêndios de matemática, astronomia , geografia, religião e política. Foi aquele um período de grande atividade literária; produziu muitas das obras primas que Assurbanípal mandou que fossem copiadas por seus escribas, destinadas à sua grande biblioteca em Nínive. Quando Abraão visitou o Egito, havia aí , aos milhões, inscrições em monumentos de pedra, Em papiro e pele. Em Canaã, perto de Hebrom, cidade de Abraão, havia uma cidade chamada``Quiriate-Séfer´´, que significa ``cidade de escribas´´, a indicar que seu povo tinha gosto pelas Letras.




Uma Escola Do Tempo De Abraão




Em Ur, na camada subterrânea correspondente à época de Abraão, Wooley descobriu uma sala de aula, com 150 placas de exercícios escolares textos sobre matemática medicina, história e mitologia; uma grande placa com colunas paralelas, apresentando a conjugação Completa de um verbo sumeriano e seu equivalente em semita; também uma placa com 5 diferentes classes de temas verbais, com explicações. Abraão deve ter frequentado uma escola deste tipo.


Abraão E Os Escritos Sagrados


Sem dúvida, Abraão recebeu de Sem a história da criação, da queda do homem e do dilúvio.      Ele próprio recebera de Deus uma chamada direta para tornar-se fundador de uma nação , Mediante a qual um dia toda a raça humana seria abençoada. Vivia numa sociedade de cultura, de livros e de bibliotecas. Reis contemporâneos conservavam os anais de suas naçõesNos arquivos dos templos. Abraão era homem de convicções e qualidades de líder. Por certo deve ter tirado cópias cuidadosas de narrações e registros recebidos de seus ancestrais; a esses registros acrescentou a história de sua própria vida e das promessas que Deus lhe fizera em placas de barro, na língua cuneiforme, destinada aos anais da nação que ia fundar.

                  Terceiro Estudo



Livros e Bibliotecas da Primitiva Babilônia


A Babilônia foi o berço da raça humana, local do Jardim do Éden, cenário do começo da história bíblica, centro da área do dilúvio , lar de Adão , Noé e Abraão. Os primórdios da Sua história são do mais alto interesse para os estudantes da Bíblia. Situava-se na foz do Tigre, e do Eufrates, media 402 Km de extensão, e 80 Km de largura; Fomara-se de sedimentos aluviais de dois rios ; terras de pântanos drenados, de fertilidade  Incrível; por muitos séculos  centro de população densa, Hoje , na maior parte, são terras Ermas.
Acade

Também chamada Sipar, Akkad, Agade, Abu-Haba. Uma das cidades de Ninrode, Gen. 10:10. Capital do 8º rei de antes do dilúvio. Capital do império de Sargão, 48 Km a noroeste de Babilônia ( cidade) . Um dos lugares onde as leis de Hamurabi foram colocadas. Sipar um Dos nomes , significa`` cidade dos livros´´, a indicar que era famosa por suas bibliotecas. Era a localidade onde , segundo a tradição, os Sagrados Escritos foram enterrados antes do dilúvio e depois desenterrados. Suas ruínas foram escavadas por Rassam (1881) e por Scheil (1894). 60.000 placas foram encontradas, entre as quais toda uma biblioteca de 30.000 volumes.

Lagás

Também chamada Telo, Shirpurla. A 80 kms. ao norte de Ur. Capital de um dos primeiros reinos de após o dilúvio. Escavada por Sarzec (1877-1901). Centro de grandes bibliotecas. Encontraram-se mais inscrições aí do que em qualquer outra parte.

Nipur


Chamou-se também Nufar,  Calné.  80 kms. a sudeste de Babilônia (cidade). Uma das cidades de Ninrode. Escavada sob os auspícios da Universidade da Pensilvânia e sob a direção de Peters, Haynes e Hilprecht, a intervalos, entre 1888 e 1900), os quais  encontraram 50.000 placas com inscrições feitas no 3º milênio a.C., inclusive uma biblioteca de 20.000 volumes; arquivos reais; escolas com grandes cilindros de consultas montados em estantes giratórias, dicionários, enciclopédias, obras completas de direito, ciência, e religião e literatura.

Jemdet Nasr

Cidade anterior ao dilúvio, 40 kms. a nordeste de Babilônia (cidade). Destruída por incêndio cerca de 3500 a.C., nunca foi reconstruída. Escavada em 1926 pela expedição do Museu Field, da Universidade de Oxford. Aí o Dr. Langdon encontrou inscrições pictográficas, que lhe indicaram o primitivo monoteísmo.


O Primeiro Esbôço conhecido da História Universal. Escrito em 2170 a.C. por um escriba que se assinava Nur-Ninsubur, ao fim da dinastia de Isin, fornece uma lista inteira de reis desde os primórdios da raça até aos seus dias, incluindo os 10 reis longevos de antes do dilúvio. É um belo prisma de barro cozido. Foi conseguido pela Expedição Weld-Blundell  (1922), em Larsa, poucos kms. ao norte de Ur. Acha-se hoje no Museu Ashmoleano de Oxford. Já existia há mais de cem anos antes de Abraão, poucos  kms. do seu lar. 

Mapa da Região Arqueológica onde Ocorreram os Fatos
                                                                                                 




Segundo Estudo





Os livros Pré-abraâmicos

Os centros de população mais antigos, após o dilúvio ficavam na Babilônia (país), em Quis, Ereque, Lagás, Acade, Ur, Babilônia (Cidade), Eridu, Nipur, Larsa e Fara. Nas ruínas dessas cidades encontram-se milhares de livros, escritos em pedra ou em placas de barro, antes da época de Abraão. Cinco dos mais famosos são aqui apresentados.
  • A Placa da Fundação de Anípada (Figura 4)
É uma placa de mármore, 7 por 10 centímetros, foi achada por Woolley em 1923, na pedra angular de um templo em Obeide, 6 km a oeste de Ur tem essa inscrição: "Anípada rei de Ur, filho de Messanipada construiu esse para sua senhora Nin-Kharsag (deusa mãe)". Essa placa acha-se agora no museu Britânico. uma reprodução sua encontra-se no museu da Universidade de Pensilvânia. A inscrição foi proclamada como "O Documento Histórico Mais Antigo" que já se havia descoberto. Uma profusão de placas mais velhas tinha sido descoberta, mais esse era o REGISTRO ESCRITO mais antigo que um EVENTO CONTEMPORÂNEO. Assinala a linha divisória nos anais babilônicos, entre os períodos "históricos" e "pré-históricos".
  • Retrato da Família de Ur-Nina (Figura 5)  
O rei de Lagás, seus filhos e servos; avó de Eanatun, com inscrições explicativas.
(*) Estela de En-hedu-ana, (Figura 6), filha de Sargão, com inscrição dizendo que era sacerdotisa da deusa Lua em Ur.
(*) Estela dos Abutres de Eanatum, (Figura 7). Achada em Lagás, por Sarzec. Encontra-se hoje no Louvre, em Paris. Registra suas vitórias sobre os elamitas e descreve seu método de combate: comandava seus guerreiros formados à maneira de cunha, armados de lanças, escudos e capacetes.
(*) Estela de Ur-Namur, (Figura 8). Uma laje de pedra calcária, 3,1 m de altura, 1,65 m de largura. Achava no piso de Palácio da Justiça, em Ur. Está agora no Museu da Universidade da Pensilvânia. Descreve a contrução do Zigurate (**), no auge da glória de Ur. É chamada "Estela dos Anjos Voadores", porque se vêem esculpidos anjos de adejam sobre a cabeça do rei.
Tudo isto tem sua relação com a autoria humana dos primeiros livros da Bíblia. Mostra que a praxe de registrar eventos importantes era comum desde o alvorecer da história, dando como certo que os primeiros eventos de livro de Gênesis podiam ter sido registrados em documentos contemporâneos, o que é muitíssimo verossímil, tornando mais e mais crível que, desde o princípio, Deus preparou o núcleo de Sua Palavra e superintendeu a sua transmissão e desenvolvimento através das eras.

(*) "Estela" em linguagem arqueológica quer dizer Laje.
(**) "Zigurate" essa palavra deriva-se do assírio, ziqquratu, ""topo de montanha". Entre os assírios e babilônios, um zigurate era um templo formado por terraços superpostos, cada qual menor que o anterior, em forma piramidal. Isso deixava tanto um terraço estreito, circundando a construção, em cada andar, como um terraço superior geralmente em forma quadrada, onde os sacrifícios eram efetuados juntamente com outras cerimônias.




primeiro estudo






A Escrita nos Primórdios da História


Até a poucos anos cria-se, geralmente, que a escrita fora desconhecida nos primórdios da história do Antigo Testamento. Era essa uma das bases da teoria da crítica moderna, segundo a qual alguns livros do Antigo Testamento foram escritos muito depois dos fatos por eles relatados, de sorte que continham apenas tradição oral. Hoje porém, a pá dos arqueólogos vem nos revelar que registros ESCRITOS de importantes acontecimentos foram feitos desde a alvorada da história.
Foto Sinetes de Fara



Origem Antediluviana da Escrita



Beroso relatou uma tradição, segundo a qual Xisutro, o Noé Babilônico, enterrou os Sagrados Escritos antes do dilúvio, em placas de barro cozido, em Sipar, e depois desenterrou. Havia uma tradição entre árabes e judeus de que Enoque fora o inventor da escrita, e que deixara alguns escritos. Antigo rei babilônico deixou registrado que “gostava de ler os escritos da época do dilúvio”. Assurbanipal, fundador da grande biblioteca de Nínive, referiu-se a “inscrições de antes do dilúvio”.
Foto Placa de Quis


 Livros Antediluvianos
Têm sido encontradas algumas inscrições de antes do dilúvio. A placa de Quis é uma placa pictográfica, encontrada pelo Dr. Langdon em Quis, sob um sedimento do dilúvio. O Dr. Woolley achou em Ur sinetes de antes do dilúvio.
Os sinetes foram as formas mais primitivas de escrita; representavam o nome de uma pessoa, identificavam uma propriedade, serviam de assinatura de cartas, contratos, recibos e várias espécies de escritura. Cada pessoa possuía o seu próprio sinete. Este era gravado em pedacinhos de pedra ou metal por meio de serras ou brocas muitíssimo delicadas. Usava-se para impressão em placas de barro, enquanto úmidas.

Escrita Pictográfica

A escrita aparece pela primeira vez na narrativa bíblica quando Deus pôs uma “marca” ou “sinal” em Caim. Essa marca representava uma ideia. Assim, “marcas”, “sinais”, “figuras” passaram a ser usadas para registrar ideias, palavras e combinações de palavras. Essas figuras eram pintadas ou esculpidas em cerâmica ou placas de barro. De tal espécie é a escrita nas camadas mais profundas das cidades pré-históricas da Babilônia. Os escritos mais antigos que se conhecem são figuras em placas de barro.


O Âmbito Primitivo da Escrita


Parece que a escrita, quando quer que ela tenha sido inventada, foi usada, a princípio, e por certo tempo, apenas pelos escribas nos principais centros da população. Quando tribos e famílias migravam de comunidades sedentárias para novos territórios não colonizados, aí se desenvolvia, fora da esfera dos fatos anotados, nas nações a crescerem e a se afastarem sempre das normas conhecidas, toda espécie de tradições grosseiras, panteísticas, idolátricas e absurdas, baseadas no que tinha sido a verdade primitiva.



A Escrita Cuneiforme





A princípio, certa espécie de marca representava uma palavra inteira, ou uma combinação de palavras. Desenvolvendo-se a arte de escrever, passou a haver “marcas” que representavam partes de palavras, ou sílabas. Era este o gênero de escrita em uso na Babilônia no alvorecer do período histórico. Havia mais de 500 marcas diferentes, com umas 30.000 combinações. Geralmente, essas marcas se faziam em tijolos ou placas de barro macio (úmido), medindo de dois a 50 centímetros de comprimento, uns dois terços de largura, escritos de ambos os lados; depois eram socados ao sol ou cozidos no forno. Por meio dessas inscrições cuneiformes, em placas de barro, é que chegou até nós a vasta literatura dos primitivos babilônicos.



A Escrita Alfabética


Já foi outro avanço: as “marcas” passaram a representar partes de sílabas, ou letras, forma grandemente simplificada de escrita, na qual, com 26 marcas diferentes podia-se expressar todas as diferentes palavras que, no sistema cuneiforme, eram expressas por 500 marcas. A escrita alfabética começou antes de 1500 a.C.
Material de Escrita


Palavras tais como “escrita”, “livro”, “tinta” são comuns a todos os ramos da língua semítica, o que parece indicar que a escrita, num livro com tinta, devia ter sido conhecida dos primitivos semitas antes desses separarem nas suas várias raças. Na Babilônia era, o mais das vezes, em placas de barro que se escrevia. Os egípcios usavam pedra, peles e papiro., Este, o precursor do papel fazia-se de canas que cresciam em brejos, de 5 a 7 centímetros de diâmetro, e de 3 a 4m de altura. Tais canas eram abertas em fatias, que se punham transversalmente, em camadas alternadas; eram umedecidas, prensadas e reduzidas a folhas, ou rolos, comumente de uns 30 cm de largura, por 30cm a 3m de extensão. Algumas vezes se usava cerâmica quebrada para escrever.





 Olá!
Estamos iniciando hoje o primeiro post acerca do Conheça a Bíblia. Nesse trajeto, passaremos por diversas paradas; o que é a Bíblia, o que significa a palavra Bíblia, o que é o Antigo Testamento, o que são os Evangelhos e muitos outros, sempre ao final, no "Você Sabia?", acrescentando algumas curiosidades acerca desse incrível documento, chamado Bíblia. 
Talvez você pergunte; mas...por que ler a Bíblia? Veja a resposta do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo;
"Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus." 2º Tm. 3.15
Assim, iniciaremos com, "o que é a Bíblia?".


O que é a Bíblia?




A Bíblia é um livro - um livro especial da fé cristã.
A fé cristã encontra suas raízes na fé do povo judeu. Tanto judeus quanto cristãos respeitam os mesmos escritos antigos, os quais lhes contam a respeito do Deus em quem crêem; o Deus que fez o mundo e que cuida do mesmo. Esses escritos são a Bíblia Hebraica, a Bíblia do povo judeu. Eles pertencem a um período da história judaica entre 2000 e 3000 anos atrás. Os cristãos chamam estes escritos de Antigo Testamento.
Deus veio ao mundo em forma de ser humano, como judeu, que conhecia os escritos especiais do povo dele. Hoje, ele é conhecido como Jesus Cristo e seus seguidores - os primeiros cristãos. Essa parte da Bíblia é chamada de Novo Testamento. Ele foi escrito nos 100 anos posteriores à vida de Jesus, cerca de 2000 anos atrás.


Você Sabia?






Fatos e Particularidades da Bíblia

Divisão em capítulos - Foi feita em 1250 pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade diminicano.
Divisão em versículos - Foi feita em duas vezes: O AT em 1445 pelo Rabi Nathyan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris, que publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos em 1555, sendo esta a Vulgata Latina.
Outros;
A Bíblia possui 1189 capítulos e 31101 versículos.
O maior livro é o de Salmos e o menor II João.
O maior capítulo é o de Salmo 119.
O menor capítulo é o Salmo 117.
O maior versículo é Ester 8.9.
O menor versículo depende da tradução: ARA Jó 3.2; ARC Lucas 20.30; TB Lucas 20.30; outras: João 11.35 ou Êxodo 20.13.
O versículo central da Bíblia é Salmos 118.8.
Os livros de Ester e Cantares não tem a palavra DEUS.
Há na Bíblia 8000 menções de Deus nos Seus vários nomes de 117 menções ao diabo nos seus vários nomes.
A expressão “Assim diz o Senhor” e equivalentes encontram-se cerca de 3800 vezes na Bíblia.
A vinda do Senhor é referida 1845 vezes, sendo 1527 no AT e 318 no NT.
A palavra “Senhor”  é encontrada na Bíblia 1853 vezes e “Jeová” 6855.
Em certa tradução foram contadas 3.586.483 letras e 773.693 palavras.
A expressão “não temas” ocorre 366 vezes na Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano!
Segundo recente estatística, a Bíblia, no todo ou em parte já foi traduzida para mais de 1600 línguas e dialetos.
Há quinze qualidades de literatura na Bíblia.
Os números 3 e 7 predominam na numerologia bíblica.
O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8 versículos cada. Cada uma das seções inicia com uma letra do alfabeto hebraico, que tem 22 letras. Dentro das seções, cada versículo inicia com a letra da seção.
No livro Lamentações de Jeremias, os cap. 1,2,4, têm versículos em número de 22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O cap. 3 tem 66 versículos, levando cada três deles a mesma letra do alfabeto.
O Cap. 19 de II Reis ao 37 de Isaías.
No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8, 15, 21, 31.
Todos os versículos do Salmo 136 terminam da mesma maneira.
O AT encerra citando a palavra “maldição”;  no NT encerra citando “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo”.
As primeiras palavras de Gênesis falam da Criação de Deus, as últimas, de um caixão no Egito.
A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo; isso deu-se em 1452 em Mainz na Alemanha.
O menor livro do mundo tem cerca de 18 milímetros de comprimento por 12 de largura. Trata-se de um Novo Testamento, impresso nos Estados Unidos em 1895. Constitui-se de 860 páginas.
Nos dois Testamentos

Antigo Testamento


39 Livros


929 Capítulos


23144 versículos


Aproximadamente 30 autores


Versículo Central - II Crônicas 20.8


Livro Central - Provérbios


Versículo menor- Êxodo 20.13- Jó 3.2


Versículo maior- Ester 8.9


Mensagem: Jesus Virá


Velho Concerto: Êxodo 24.8- Jeremias 31.33




Novo Testamento
27 Livros
260 capítulos 7957 versículos
9 autores
Versículo central - Atos 17.17
Capítulo central - Romanos 13
Livro central - II Tessalonicenses
Versículo menor - João 11.35- Lucas 20.30
Versículo maior- Apocalipse 20.4
Mensagem: Jesus veio
Novo Concerto: Hebreus 9.14,15- Hebreus 12.24
Texto Áureo da Bíblia: João 3.16
BIBLIOGRAFIA
S. GRAVES, O que é a Bíblia? Uma introdução ao Livro da Fé Cristã, Sociedade Bíblica do Brasil, 2004; Pg 8.
J. CABRAL, Introdução Bíblica, Universal Produções 4° Ed. 1986; Pgs: 173-176.







2 comentários:

  1. paz do senhor.estudo muito rico em conhecimento biblico.parabens.

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  2. A Paz Do Senhor, caro anônimo , o nosso objetivo é levar às pessoas como você aquilo que recebemos do Senhor ou seja : A Palavra de Deus

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