terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Não Há Regeneração Sem Reforma

Na Bíblia a oferta de perdão da parte de Deus é condicionada pela intenção de reformar-se, da Parte do homem. Não pode haver regeneração espiritual se não houver reforma moral. Que Esta afirmação requer defesa só prova para quão longe da verdade nos extraviamos.Em nossa teologia popular corrente , o perdão depende da fé somente. A própria palavra reforma foi banida dentre os filhos da reforma! Frequentemente ouvimos a declaração :`` Não prego reforma;  prego regeneração´´. Ora , Reconhecemos isto como expressão de uma recomendável revolta contra a insípida e anti -bíblica doutrina da salvação pelo esforço humano . Mas a declaração como está contém um real erro, pois opõe a reforma à regeneração. Na verdade, as duas nunca se opuseram uma à outra numa firme teologia bíblica. A doutrina da reforma-não-mas-regeneração –sim incorretamente nos depara um ou-ou; ou você toma a reforma ou toma a regeneração.Isto é  inexato. O fato é que nesse assunto nos defrontamos, não com um ou-ou mas com um tanto-tanto. O convertido é tanto reformado como regenerado e a menos que o pecador se disponha a reformar o seu modo de viver, nunca conhecerá a experiência interior da regeneração . Esta é a verdade vital
que se perdeu sob as folhas da teologia evangélica popular. A idéia de que Deus perdoará um rebelde que nunca renunciou à sua rebelião, é contrária às Escrituras e ao senso comum. Como é horrível contemplar uma igreja cheia de pessoas que foram perdoadas , mas que ainda amam o pecado e odeiam as veredas da justiça. E quão mais terrível é pensar no Céu cheio de pecadores que não se arrependeram nem mudaram sua maneira de viver.Uma estória conhecida ilustrará isto.
O O governador de um dos nossos Estados (E.U.A.) estava visitando a prisão estadual, incógnito. Caiu na prosa com um jovem convicto de boa aparência, e sentiu um secreto desejo de perdoá-lo . ``Que é que você faria ´´, perguntou ele casualmente ``se tivesse a sorte de receber perdão?´´ O convicto , não sabendo com quem estava falando, rosnou esta resposta: `` Se eu chegar a sair deste lugar, a primeira coisa que eu vou fazer é cortar a garganta do juiz que me mandou para cá´´ O governador interrompeu a conversa e saiu da cela. O convicto permaneceu na prisão. Perdoar um homem que não se havia reformado seria deixar à solta outro matador na sociedade. Esse tipo de perdão não seria somente estulto; seria manifestamente imoral. Nas Escrituras , a promessa de perdão e purificação sempre é associada à ordem para arrependimento. O amplamente utilizado texto de Isaías ,`` ainda que os vossos pecados são como a escarlate Eles se tornarão brancos como a neve ; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã´´, está organicamente unido aos versículos que o precedem:  Lavai-vos, purificai-vos , tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos: cessai de fazer o mal aprendei a fazer o bem ; atendei à justiça , repreendei ao opressor, defendei o direito do órfão , pleiteai a causa das viúvas.´´Que é que isso ensina, senão a reforma radical da vida antes de poder haver qualquer expectativa de perdão? Divorciar umas palavras das outras é fazer violência às Escrituras  e tornar-nos a nós mesmos réus convictos, culpados de manipular enganosamente a verdade. Creio que há pouca dúvida de que o ensino da salvação sem o arrependimento rebaixou os padrões morais da igreja e produziu uma multidão de enganados religiosos professos que erroneamente acreditam que estão salvos quando, de fato, estão ainda em fel de amargura e em laços de iniquidade . E ver essas pessoas procurando realmente a vida mais profunda, é uma visão cruel e decepcionante . Contudo, os nossos altares às vezes ficam cheios de pessoas que estão nessa busca e que estão clamando com Simão: `` Concedei-me também a mim este poder´´, quando o alicerce moral para isto simplesmente não foi lançado. A coisa toda deve ser reconhecida como uma clara vitória do diabo, vitória que ele nunca poderia ter gozado se mestres insensatos não a tivessem tornado possível pregando a má doutrina da regeneração sem reforma.

Bibliografia
A Raiz dos justos
pag. 29-30
A. W. Tozer
1ª Edição Brasileira, 1983
Editora Mundo Cristão

Com Amor Em Cristo, Nosso Senhor

Veredarius

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