No Antigo
Testamento, a palavra hebraica para arrependimento era “Shübh”,que significa: Girar ou retornar; dando a entender, um
abandono de atitudes de desobediência para um retorno a obediência. No Novo Testamento,
a palavra em grego é: “Metanóia”, e
se refere a uma mudança de mente, não a um retorno. Mas a uma alteração da
forma como se pensava, para uma nova forma de pensar, acompanhada por uma
mudança de atitudes. Essa diferença existe porque os judeus anteriormente já
conheciam a Palavra de Deus, porém, tinham se desviado da mesma. Precisavam
então retornar, enquanto que os gentios não tinham relações com Deus, e nem
conheciam a Sua Palavra.
Para que uma
pessoa se arrependa, é necessário que ouça o Evangelho, por isso Jesus disse: “Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16: 15-16. Porém
o homem na condição de pecador é descrito pela Bíblia como: “ Morto
em delitos e pecados”, Efésios 2: 1. Como pode então um morto ouvir a
mensagem da salvação e sentir a necessidade da mesma? Em Romanos 3: 23, diz
que: “Todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” , logo,
todos estão mortos. Em Romanos 11: 32, diz que: “Porque Deus encerrou todos
debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia”, então
mesmo que houvesse um homem qualquer, que fosse bom no meio dos demais, estaria
perdido da mesma forma que os demais por um decreto de Deus. Assim chegamos a
uma terrível conclusão, em conformidade com a revelação bíblica:Todos os homens
de uma forma ou de outra já estão condenados.
Se todos são
pecadores, e são. Se todos estão perdidos, e estão; a conclusão é: Que todos
são cegos e surdos para os apelos de misericórdia de Deus. Completamente
incapazes de corresponder a Graça de Deus. Como poderia então, se resolver este
problema? Há pelo menos
duas formas
diretas.
Primeira: Se
Deus escolhesse alguns de antemão para serem salvos, então Ele poderia operar nos
mesmos uma pré-regeneração, quando os mesmos ouvissem o Evangelho, dando-lhes
uma capacidade de corresponder aos apelos de misericórdia de Deus. Enquanto que
os outros que não foram escolhidos, ficariam na mesma situação de indiferença,
pois não sendo escolhidos diretamente para a salvação; significa que que foram
escolhidos indiretamente para a condenação, ou seja, não teriam a capacidade de
ouvir e escolher a Deus. Essa explicação é muito bonita e aparentemente muito
correta, pois tem alguns versículos na Bíblia que parecem apoiar esta idéia, e
muitos grupos evangélicos defendem essa tese com unhas e dentes. Porém a Bíblia
diz textualmente: “Deus quer que todos homens se salvem e venham ao conhecimento da
verdade”, I Tim. 2: 4; e também: “ Porque a graça salvadora de Deus, se há
manifestado a todos os homens” Tito 2: 11. Nesses dois versículos; nós
podemos ver um ponto comum: “Todos os homens”
A palavra “Todo”,
vem do latim “Totus” e tem pelo menos cinco significados: 1º) Completo,
inteiro, total 2º) Que não deixa nada do lado de fora, e que não falta parte
alguma. 3º) Qualquer ou cada. 4º) Como advérbio: De todo. 5º) Conjunto, massa,
generalidade.
Agora, “Todos”
é plural de todo, e que significa: Todas as pessoas, toda gente, todo o mundo,
sem excluir ninguém. De formas que estes dois versos, não admitem esta teoria
da escolha pré-determinada de alguns. Pois é uma palavra que nos revela
inclusividade e não admite exclusividade.
Segunda: Se
todos os homens estão mortos, perdidos, cegos e surdos, portanto incapacitados
para a salvação, a única solução para isso é a pregação do Evangelho: “ Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo, mas quem não crer será condenado” Marcos 16: 15-16. Mas se
o homem não tem livre arbítrio para escolher a Deus , nem ouvir o Evangelho,
como isso poderá ser possível? Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo diz: “O
Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crer”
Rom. 1: 16. Este poder atua em um sistema dominado pela morte, restaurando
ainda que por alguns momentos, a capacidade perdida de ouvir e escolher a Deus,
de tal forma que o homem possa escolher livremente a vida ou a morte. “ Em
verdade , em verdade vos digo que: Vem a hora e agora é, em que os mortos
ouvirão
a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” João 5: 25. Então
através desses dois versos, nós podemos entender que: Embora os homens estejam
totalmente mortos para Deus, sem nenhuma capacidade de interagir com Ele; e
nesse ponto todos são iguais, nós podemos entender que ao proclamarmos o
Evangelho, para essas criaturas mortas espiritualmente, temos a convicção que
este “Evangelho é o poder de Deus”, e como é o poder de Deus, Ele transmite
vida instantaneamente e essas criaturas mortas ( todas elas, qualquer uma),
ouvirão a voz do Filho de Deus, através do Evangelho, e a consciência da
necessidade de salvação será imediata tanto quanto a convicção de pecado. Então
Jesus diz: “E os que a ouvirem viverão”, não no sentido de conseguir ouví-la,
mas no sentido de “Dar ouvidos”, ou seja, ter uma atitude positiva da vontade,
em relação a escolha e aceitação da mensagem para a vida, ou a rejeição da
mesma para a morte.
Porém Deus não interfere nesse ponto, pois a escolha deve
ser livre. Como está escrito: “Hoje se ouvirdes a sua sua voz não
endureçais os vossos corações”, Hebreus 4: 7, e também: “Não
endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como
no dia da tentação no deserto” Salmo 95: 8. Então, quando o homem ouve
a voz de Deus, pelo Evangelho, é possível o mesmo exercer a sua vontade através
da aceitação pela fé ou da rejeição pela incredulidade, porém uma vez terminado
este momento, chamado de “dia da oportunidade”, “eram Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não
para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem
crer Nele não é condenado; mas quem não crer já está condenado, porquanto não
crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio
ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras
más”
João 3: 16-19. Se a pessoa não usar da capacidade dada por Deus para se
decidir, voltará para a sua situação anterior de morte espiritual.
Porém se o
mesmo mediante esta oportunidade aceita a vida; ele é movido para o
arrependimento, “E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e
do juízo”, João 16: 8. Agora com a capacidade de uma nova forma de
pensamento e também uma mudança de atitudes, ou seja, a sua escala de valores
pessoais, é drasticamente alterada, causando nele uma mudança de personalidade;
isto é a conversão. “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério
pela
presença do Senhor”, Atos 3: 19. Em havendo a conversão, ele é
transformado em uma nova criatura, “Assim se alguém está em Cristo, nova
criatura
é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor. 5:
17, o seu espírito é vivificado, “Em verdade, em verdade vos digo que vem a
hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a
ouvirem viverão.” João 5: 25, e também: “E vos vivificou, estando vós
mortos em ofensas e pecados” Efésios 2: 1. Além disso,
recebe a revelação de Deus em seu espírito, “O mesmo Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus” Rom. 8: 16, passa a ser guiado
pelo Espírito de Deus, “Porque todos os que são guiados pelo
Espírito
de Deus, esses são filhos de Deus.” Rom. 8: 14, e ainda recebem a
cidadania celestial, pois tem o seu nome registrado no livro da vida, “E
peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes estas mulheres que
trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os meus outros cooperadores,
cujos nomes estão no livro da vida.” Fil. 4:3; ”O que vencer será vestido
de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida;
e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos.”
Apoc. 3: 5.
O
arrependimento é uma necessidade, porque nós temos uma natureza pecaminosa, que
é antagônica a Deus, e como tal, não reconhece que é má, nem que é merecedora
de punição. Então não erramos porque somos ignorantes, mas porque somos ímpios;
e ainda que queiramos ou tenhamos simpatia pelo bem, sempre escolheremos o mal.
“Porque
não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o
que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então
esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque
segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus
membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me
prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.” Rom. 7:
19-23. O arrependimento também é uma necessidade, porque quebramos a lei de
Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”
Rom. 3: 23, isto é uma afirmação verdadeira, não há exceções. O homem pode até
querer ser correto, mas só consegue pecar. “Porque bem sabemos que a lei é
espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o
aprovo; pois o que quero isto não faço, mas o que aborreço isso faço.” Rom.
7: 14-15. Então o homem está vendido sob o pecado, a sua constituição
pecaminosa junto com o seu coração corrupto só o leva para o mal, “Mas
isto lhes ordenei, dizendo: Daí ouvidos a minha voz, e eu serei o vosso Deus, e
vós serei o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos
vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus
próprios conselhos, e no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás,
e não para diante.” Jer. 7: 23-24.
Porém esta constituição pecaminosa
não o isenta de responsabilidade pessoal. E ainda precisamos nos arrepender
porque em Romanos está escrito que fomos encerrados sob o pecado. E isso
aconteceu para que houvesse uma igualdade de condições para todos os homens,
pois ainda que todos sejam pecadores, na prática existe uma diferença de
atuação prática na execução do pecado entre os homens; pois se um Hitler foi
responsável por mais de 40 milhões de mortes, um outro homem foi responsável
por uma morte enquanto outros por nenhuma. Então todos terão o mesmo direito a
salvação como também a um julgamento justo e proporcional a gravidade dos seus
feitos. Mas para que essa igualdade de direitos seja válida, é necessário que
todos sejam encerrados sob o pecado.
Dessa forma
entendemos que o arrependimento pois nós temos uma natureza pecaminosa, que nos
domina, quebramos as Leis de Deus, ainda que interiormente possamos
simpatizarmos com elas; e além de tudo isso fomos encerrados sob o pecado por
um decreto de Deus. Embora o arrependimento seja uma obra de Deus em nossa
vida, pois só se arrepende quem é tocado pelo Espírito Santo, “E,
quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do
pecado, porque não creem em mim: Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me
vereis mais. E do juízo porque o príncipe deste mundo já
está julgado.” João 16: 8-11. Porém o homem pode resistir a essa
direção de Deus e endurecer o seu coração: “Se hoje ouvirdes a voz de Deus ,
não endureçais o vosso coração” Hebreus 4:7. É possível o homem
manifestar uma disposição contrária ao Evangelho, se o seu coração estiver
cheio de um amor pelas trevas tão grande, que ele rejeitará a luz, quando se
lhe for apresentada. Nessas condições de escolha ele vai optar pelas trevas
conscientemente, embora o próprio Deus não tenha prazer que o mesmo tenha feito
tal escolha. Dessa forma podemos ter a certeza que tanto a salvação , quanto a
condenação é uma escolha baseada no amor que está no coração do indivíduo, e
não uma interferência de Deus na escolha dos mesmos. “E a condenação é esta: Que a luz veio
ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas
obras eram más.” João 3: 19, e também “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor
Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta
do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos;
pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel?” Ezequiel 33: 11.
Então esse amor que está no coração do indivíduo terá a confirmação da vontade.
Que será manifesto através da aceitação pela fé ou da rejeição pela
incredulidade.
Muitos homens se perdem ainda que tenham muitas oportunidades de
salvação, pela sua capacidade de procrastinação; que significa que apesar da
revelação do Espírito Santo, que o caminho é Jesus, ele vai adiando
indefinidamente a decisão de arrependimento até que um dia surpreendido pela
morte, tem selado o seu destino eterno. Agora se me perguntarem porque alguns
homens amam mais as trevas do que a luz, a ponto de rejeitarem a salvação, a
Bíblia não explica, só descreve o fato. Mas de uma coisa eu tenho certeza, Deus
não tem nada a ver com isso pois não interfere na decisão do homem.
Quando uma
pessoa vem para o Evangelho, mas não através do arrependimento sincero e
contrito, ele não é convertido, por isso não é uma nova criatura e nem o seu
nome está escrito no livro da vida. Nesse caso ele é apenas um prosélito, isto
é, uma pessoa que aderiu ao cristianismo por alguma motivação pessoal e não
pelo impulso do Espírito Santo. As igrejas evangélicas dos dias atuais são
compostas por uma grande quantidade de prosélitos, pois não ouvindo um
Evangelho real e não sendo ensinados claramente “Em todo conselho de Deus”
Atos 20: 27, acomodam-se no meio do povo evangélico. Não sendo libertos nem transformados
são encaminhados para o batismo, com apenas um “cursilho” de discipulado que
não tem uma densidade adequada, e também esses novos convertidos não são
discernidos pelos líderes quanto as suas verdadeiras convicções pois parece que
os mesmos já não sentem mais qualquer responsabilidade pelo destino desses
novos convertidos, ficando satisfeitos em vê-los ali no templo, então eles vão
ficando por ali, sem um ensinamento adequado das doutrinas elementares da fé,
sem um acompanhamento das suas vidas espirituais aferindo o seu desenvolvimento
espiritual.
Acostumam-se a frequentar os templos, e até conseguem chegar a
posições de liderança sem ao menos serem novas criaturas; o resultado é o que
vemos: Escândalos, atitudes e estratégias humanas nas atividades espirituais,
dando uma aparência facial para a igreja, totalmente diferente da revelação
neotestamentária. Uma esterilidade toma conta do ambiente eclesial, tal como
uma névoa, onde apenas o politicamente correto, a bajulação e as opiniões sem
cor e nem sabor é que prevalecem, e qualquer um que não se enquadre nesse
formato são renegados pelo sistema sem contemplação. Tudo deve ser previsível e
controlado; e isto matou a criatividade na igreja. O ambiente das igrejas já
não causam mais expectativas no povo, pois a liturgia foi engessada, e quando
vamos para as mesmas, ouvimos as mesmas coisas, só mudam as palavras, sempre as
mesmas pessoas, só mudam os ternos. O culto foi encampado pelos líderes, o povo
já não participa dos mesmos a não ser como expectadores passivos. A liberdade
do Espírito tão propalada nos meios pentecostais já é coisa do passado, pois
hoje só os profissionais do púlpito tem vez; enquanto todos os demais devem se
contentar apenas em assistir as performances dos mesmos, concordando com tudo,
em gênero,número e grau, pois se ousarem pensar e questionar o que quer que
seja serão considerados rebeldes. È
claro que ainda tem igrejas, geralmente pequenas onde existe uma relativa
liberdade, mas geralmente são as periféricas e pobres as mais afastadas dos
grandes centros, pois as de porte médio para cima já estão dessa forma.
E como
o conteúdo das pregações e ensinamentos devem antes de tudo agradar os líderes,
tudo é previsível causando um grande cansaço no povo, que embora não entenda o
que está acontecendo, desconfia que algo não vai bem, e isso vai se refletir no
desânimo pela falta de perspectivas que isso acarreta, e por outro lado a falta
de compromisso com a denominação que é a outra face da mesma moeda.
Daí então
para reverter este quadro, entram as estratégias humanas; e uma delas são as
festas e festividades de todos os tipos. Aniversários de templos, de conjuntos,
de pessoas, de denominações, de líderes, e vai por aí a fora. Movimentos com
muita gente, cantores, pregadores e vendedores de tudo o que se pode imaginar,
e tudo isso em nome de Deus. Enquanto isso, a pregação do Evangelho, o
ensinamento expositivo e bem fundamentado biblicamente, apoiado por um cuidado
pastoral cuidadoso pelo povo não acontece, ou se acontece é muito pífio; pois
esses movimentos exigem tempo e dinheiro além de uma dedicação exclusiva. Mas
por outro lado as pessoas como indivíduos já não são tão importantes, pois o
que é muito valorizado: São as massas, a quantidade. O indivíduo que ficou só
no templo, diluído na massa, pode entrar, sair, ficar ou ir embora, que não
será notado, a não ser em casos excepcionais.
Tudo hoje gira em torno de
programas, de líderes ou de denominações, o Reino de Deus foi monopolizado
dentro da ótica denominacional; onde a igreja não é o conjunto daqueles que
foram salvos e tiveram os seus nomes escritos no livro da vida, mas os que são
registrados na “Nossa denominação”. Esse sectarismo exacerbado hoje está
disseminado em praticamente todas as denominações, levando as pessoas a julgarem
as outras como se fossem inferiores, por não terem o “privilégio” de pertencer
a “Nossa denominação”.
Então
voltando ao nosso assunto anterior, nós podemos concluir que a salvação,
depende exclusivamente da fé: “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na
tua boca e no teu coração; esta é a palavra que pregamos. A saber: Se com tua
boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para
a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura
diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.”
Rom. 10: 8-11, também: “Porque andamos por fé e não por vista”
II Cor. 5: 7, e ainda: “E é evidente que pela lei ninguém
será justificado diante de Deus,, porque o justo viverá pela fé” Gal.
3: 11. Uma vez que a pessoa é alcançada pela fé, ela sente tristeza por seus
pecados: “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes
contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de
maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza
segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se
arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor. 7:
9-10. E uma vez que ele sente tristeza pelos seus pecados, ele os confessará ao
Senhor: “Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri. Dizia eu:
Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do
meu pecado.” Salmo 32: 5, e ainda: “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda
injustiça.” I João 1: 9, e depois de confessar deve deixar o pecado
definitivamente: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa
e deixa, alcançará misericórdia.” Prov. 28: 13, e também: “Todavia
o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo; o Senhor conhece os que são
seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.”
II Tim. 2: 19; além disso, se possível, fazer alguma restituição: “E,
levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade
dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo
quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também
esse é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que
se
havia perdido.” Lucas 19: 8-10. E depois de tudo isto, pautar-se por
uma vida de retidão: “Os pecadores de Sião se assombraram, o
tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre vós habitará com o fogo
consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas? O que anda em
justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho com opressão, o que
sacode das suas mãos todo o presente; o que tapa os ouvidos para não ouvir
falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal.”
Isaías 33: 14-15. Mas como isso pode ser possível? Cultivando os fruto do
Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé,
mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.” Gál. 5: 23.
Esta é
a doutrina bíblica sobre a salvação, que encontramos nas páginas sagradas, e
que é preciso ser pregada e ensinada para a igreja. Por isso que nos artigos de
fé do Veredarius eu digo:
Artigo nº 8: “ Eu creio que a salvação
se manifesta mediante a pregação do Evangelho, o qual infunde fé e transmite
vida espiritual vivificante, pois é o poder de Deus; nesse sentido eu creio,
que Deus quer que todo o homem seja salvo e venha ao conhecimento da Verdade,
independentemente de classe, posição social ou cultural. Por isso, não sou
calvinista nem arminiano e nem pelagiano, isto é; não creio em predestinação ou
eleição para a salvação ou para a condenação, nem na eleição condicional,
baseada na fé ou na incredulidade prevista, ou que o homem tenha a capacidade
de ser salvo, sem o auxílio da graça de Deus”.
E também o artigo nº 13: “Eu creio
que a pregação do Evangelho e o ensino, são as únicas possibilidades de salvar
e edificar os pecadores, restaurando neles a perfeita estatura de Jesus Cristo,
por isso, os pregadores são responsáveis por aquilo que pregam e ensinam, pois
as palavras podem salvar, ou imunizar os pecadores contra a salvação,
endurecendo-lhes o corações. Então todos os que militam no ministério da
Palavra, devem se despir de toda a vaidade, arrogância, soberba, mentira e
hipocrisia e se quebrantar e se humilhar diante de Deus, estudar a Bíblia com
afinco e seriedade. Buscar a Deus com contrição e arrependimento, pregar com
convicção, e com sincero desejo que Deus seja glorificado através dele, e que o
pecador seja alcançado pele misericórdia Divina, porém tudo que não for
conforme isto, será punido por Deus.” Com amor em Cristo
Veredarius
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